quinta-feira, junho 30, 2005

tenho saudades de musgo

oh triste vida! o que é feito do musgo? o musgo que se apanhava nas tardes frias de inverno, o musgo que se arrancava das pedras, o musgo que se punha nos presépios na altura do natal...nunca gostei de presépios. Se pensarmos bem na palavra e se a dissermos muitas vezes torna-se mesmo estúpida...presépios, presépios, presépios, presépios, presépios, presépios, presépios, presépios, presépios,presépios, ahahahhaha. O melhor de tudo são as personagens dele.Os bonecos nunca são proporcionais, o menino jesus está sempre muito feliz para quem nasceu numa pocilga ou num curral cheio de merda de vaca, o Zé e a Maria são sempre os mesmos...ele em pé e ela de joelhos (sem comentários) e os três reis magos estão sempre desgraçados: existe sempre um sem metade da cabeça, outro que não se aguenta em pé e outro que é um playmobil. Nos presépios mais elaborados existem patos em lagos de papel celofane azul amachucado, ovelhas com pinipons ao lado, pontezinhas cheias de um pó branco (deve ser neve..ou então é mesmo pó acumulado do ano inteiro), e claro, a estrela gigantesca que está presa com arame em cima da gruta, do curral, da pocilga do menino jesus coitadinho. Eu prefiro kiwis, mas cada um sabe de si.

há dias felizes

Viva amiguinhos que têm a triste ideia de visitar este blog : ) já há um tempo que nao escrevia aqui qualquer coisa, devido à maravilhosa escolinha....é claro. Tenho novas histórias para vos contar, e surpresa das surpresas foi a caminho da escola. A primeira foi bastante engraçada..saí do comboio no cais do sodré (essa zona tão limpinha e asseada de Lisboa) ainda num estado meio zombie, no meio daquela gente toda aos encontrões, a fumarem etc etc... finalmente consegui sair daquele aglumerado,fiquei feliz e consegui respirar (pouco, mas consegui), e quando pensei estar livre...um amiguinho chinês que estava ao meu lado, teve a brilhante ideia de tapar a narina direita, virar a cabeça para o lado esquerdo (que por acaso era onde eu estava) e expirar com uma brutalidade incrível tudo o que tinha lá dentro...A minha sorte foi ter reparado naquilo a tempo e parei, porque se tivesse dado mais um passo tinha levado com muco chinês verde, bem quentinho, nas minhas queridas pernas. Se ele me tivesse acertado, acho que pegava num calhau da calçada e batia-lhe tanto na cabeça até lhe abrir o crânio...depois cuspia-lhe em cima para ver se ele gostava. Já sabem, olhos bem abertos pois nunca se sabe de onde elas aparecem! Na vinda para casa, vim a dormir no comboio. Já estava a entrar naquela fase em que me babo todo quando de repente começo a ouvir berros...mas não eram berros normais. Eram berros de quem está a ter um filho pelo rabo. Abri os olhos e tentei perceber o que se passava...eram umas cinco pitas histéricas aos berros umas com as outras. "Querido Pai Natal, este ano quero uma arma....."