terça-feira, janeiro 30, 2007

maldita naftalina

Após uma pausa de quase dois meses sem escrever nada aqui, cá estou eu para vos fazer perder tempo com coisas ridiculas. Antes de mais quero desejar um bom natal atrasado e boas entradas atrasadas a todos os visitantes deste site...ou seja, eu, a minha mãe, e todos aqueles que carregaram ali em cima no "next blog" e aterraram aqui. Não tenho nada de interessante para contar, por isso vou relatar aqui duas histórias passadas com a minha pessoa.

A primeira é já um clássico: "O ataque do pombo". Cena: Cais do Sodré, 10 minutos para as 8h (mais coisa menos coisa), um frio daqueles que congela qualquer extremidade do corpo. As portas do comboio abrem, mãos dentro do casaco e lá vou eu. Centenas de pessoas marcham apertadas, afinal é hora de ponta. Estou quase na saída, o barulho é caótico, ensurdecedor, mas mesmo assim consigo ouvir algo a aproximar-se. O meu sensor aranha avisa-me que algo está muito perto...perto demais. A reacção foi olhar para o lado. Quando me apercebi já era tarde, tinha levado com um pombo na cara e este tentava bater as asas para sair dali. Choque, repugnância e impotência frente ao sucedido. O pombo seguiu o seu caminho, eu segui o meu. Nunca mais fui o mesmo.

A segunda, mais recente: "o ataque do vidro". Cena: comboio da linha de Cascais, a meio de uma tarde quente. Estou sentado, e à minha frente está um amigo, com o qual faço conversa. Esta começa a esgotar-se e é então que resolvo puxar de um assunto, mas algo interrompe-me. Alguma coisa está a bater nos vidros, e aproxima-se. Calo-me, e tento perceber o que se passa lá fora. É neste momento que passa um comboio no sentido oposto, com algo preso (um ferro talvez), que vai riscando todos os vidros do meu comboio...quando chega à minha janela não tem mais nada: Parte o vidro em milhões de bocadinhos, que são projectados para cima de mim. Sacudi o cabelo, tinha pontinhas vermelhas de sangue nos braços e sentia os vidrinhos colados nas minhas costas e pescoço. As pessoas ficaram chocadas, perguntaram se estavamos bem (sim, desta vez tive a companhia do meu compincha) e atrás de nós apareceu o Sr. Revisor aka Pica. -"Estão bem? Não se aleijaram?" nós-"O vidro partiu e ficamos cobertos de vidros...nada de grave" Sr. Revisor aka Pica - "Ah, está bem....então vão para a outra carruagem". Fim.

Estão relatadas duas histórias. Já desenferrugei os dedos. Moral das histórias: Há coisas fantásticas não há?