segunda-feira, setembro 12, 2005

a pinha que caiu

Era uma vez um menino de 6 anos que tinha uma daquelas piscinas insufláveis no quintal. Este tinha uma zona de relva e outra com pinheiros. O pai do menino resolveu colocar a piscina debaixo dos pinheiros para fazer sombra, mas não sabia que ao fazer isto iria mudar completamente o futuro do menino...
Numa quente tarde de verão só se ouviam as mãos da criança a chapinhar na água da piscina. Fazia-se sentir uma brisa, suficiente para agitar os pinheiros. O menino continuava a brincar cá em baixo, com um enorme sorriso de orelha a orelha. Se há momentos de felicidade, aquele era um deles! Era tudo perfeito...mas de um momento para o outro tudo mudou. O vento desta vez agitou bastante o pinheiro e lá de cima caiu uma pinha. O menino assustado com o uivar do pinheiro, olhou para cima e abriu a boca... a pinha entrou violentamente na boca do menino, ficando presa na garganta. A criança não podia gritar e estava a sufocar. O pai, que estava na garagem a colocar as jantes novas no carro, estranhou o silêncio e correu de imediato para o quintal. Ficou abismado com o sucedido. Correu até ao filho, apertou-lhe a garganta e espremeu-a até a pinha sair. O menino não chorou, nem sequer berrou...estava branco como papel e foi agarrar-se ao patinho de borracha que tinha ganho numa promoção de uns cereais.
O menino cresceu e tornou-se num rapaz forte e bastante inteligente. Estava na faculdade a tirar o curso de engenharia e só lhe faltavam alguns meses para termina-lo. Certo dia acabou as aulas e veio de autocarro, como era costume, até casa. Ao sair do autocarro olhou para o quintal, que só tinha relva pois os pinheiros tinham sido cortados semanas após a tragédia, e ficou com um olhar estranho. A tragédia estava-lhe a passar perante os seus olhos, parecia que estava a reviver aquele momento! O jovem assustado deu dois passos atrás, pôs as mãos na cara e começou a chorar. Ainda a lágrima não tinha corrido a cara toda, o rapaz ouviu um buzinão e de repente ficou tudo preto. O autocarro da escola tinha-lhe passado por cima e o jovem morreu. Moral da história: As piscinas não se põem debaixo dos pinheiros, e ao darem dois passos para trás certifiquem-se que não vem nenhum autocarro da escola. Paz.

1 comentário:

Anónimo disse...

i fly like wilma