sábado, outubro 20, 2007

Fatinha, a Vossa Senhora

Ora vamos lá colocar o dedo na ferida.

Quem foi o cabrão que a 13 de Maio de 1917 resolveu enganar três pastorinhos ? É que esta história de enganar putos analfabetos, ignorantes e labregos tem mesmo muita piada, mas não seria de esperar que esta bola de neve toda, recheada de aparições, milagres e "virges marias", chegasse onde chegou. Na altura não havia televisão, logo os serões nestas belas localidades eram ocupados ou a procriar, ou a pregar cagaços a crianças com buço no meio do monte. É claro que a primeira opção sempre foi a mais concorrida, mas também é verdade que a tal aparição aconteceu. Logo só existe uma explicação: Quem é que fez votos de celibato e não tem ninguém em casa onde vazar as suas sementes? Quem é que gosta de observar criancinhas inocentes? Quem é que iria ganhar com tudo isto? Ah pois é, o senhor padre da aldeia! Reconstituindo: Este saiu da pequena capela, num fim de tarde agradável, desanimado com a pouca afluência de cristãos na sua paróquia. Dirigiu-se então à tasca do Quim para beber a sua habitual mistura tinta. Tenta desabafar com o taberneiro, mas este quer é fechar a tasca porque hoje (e todos os dias) é dia de...procriação! O padre é varrido da tasca e caminha a passos curtos para casa. Pensativo, deprimido e abatido leva com mais uma chapada mental: lembra-se que não tem ninguém em casa para falar. É então que resolve fugir daquela aldeia, que transborda orgasmos por todas as casas, e corre até ao monte na esperança de falar com o seu Namoradinho. Senta-se numas pedras, pousa a lamparina, olha para o céu e questiona-se sobre a sua vida. Atira uns quantos avés marias e uns pais nossos pr'o ar, e nisto ouve criancinhas a passearem as ovelhas para a cagadela diária. O padre fica excitado, esconde-se atrás dum eucalipto e observa os três petizes. Estes riam, cantavam e brincavam apesar das evidentes dificuldades. Quanto ao padre, fechou os olhos a estes pormenores e focava-se agora nas perninhas arranhadas das crianças, unhas bem crescidas e surradas, buços frágeis e dentes cor-de-bosta-de-ovelha. Olha para o céu, pede perdão ao Mister lá de cima, e toca de meter a mão dentro das cuecas. Os seus olhos focavam as inocentes presas, o suor corria-lhe pela testa e a mão (que não estava ocupada) arranhou de prazer o eucalipto...sabe-se lá porquê, talvez obra do Senhor, caiu um daqueles frutos dos eucaliptos na cabeça do padre. Este ficou paralisado, chocado e envergonhado consigo próprio. Afinal o Manda-chuva não o tinha perdoado! Numa tentativa de remediar o sucedido, trepa ao eucaplito com a lamparina, coloca o seu lenço branco do ranho com iniciais bordadas, na cabeça (na esperança de não ser reconhecido) e grita aos pastorinhos: "Meus filhos, o Senhor alertou-me e...bem...tenho um segredinho para vos contar". Os putos berraram e correram a sete pés dali para fora, e foram fazer queixinhas aos pais que nesta altura já estavam na ressaca pós-queca: "Nós vimos, nós vimos um fantasma no céu, que brilhava muito, estava vestido de branco e tinha segredos para nos contar!!!".
Moral da história: a Fatinha é fixe e os campónios serão sempre campónios.

5 comentários:

Anónimo disse...

agora falta a parte 2!! é que segundo consta a Fatinha apareceu 2 vezes!! lol :P

Anónimo disse...

nah, isso foi outro padre que viu o sucesso deste e tentou a mesma coisa

Mós disse...

uma das muitas mentiraas sobre as quais a igreja tece a sua teia de excremento!
enfim...

a minha teoria?
que na altura como o filme uma Mente Brilhante ainda não tinha estreado a noção de "esquizofrenia" era desconhecida...é preciso dizer mais?

enfim...

Maria João disse...

Fátimas há muitas!!

Anónimo disse...

"Nossa Senhora me dê a mão, cuide do meu coração, a minha vidaaaaa, o meu destinoooooo, Nossa Senhoraaaaaa cuide de miiiiiiiim"