quarta-feira, janeiro 18, 2006

abençoada paciência

se há dias em que uma pessoa se revolta, hoje foi um deles. A dor de cabeça chegou quando estava dentro do metro. Não sei porquê, mas cada vez que ando no metro as veias da minha cabeça ficam inchadas e prestes a rebentar. Enfiei-me no comboio, respirei fundo, pus os óculos e dediquei trinta e dois minutos à leitura. Chegado a Cascais fui direito aos autocarros, para regressar a casa. A hora era má, e haviam filas à espera que chegassem os autocarros para estes ficarem bem cheios e apertados. Como eu não sabia onde começava a fila do meu, fiquei fora desta. Lá chegaram os dois autocarros, cada um para a sua fila. Foi então que as pessoas que estavam numa fila repararam que deviam estar noutra, e vice versa. O caos instalou-se. Eu lá me fui aproximando da porta do meu autocarro, quando começo a ouvir uma querida senhora: “Estas pessoas passam à frente! Estou ali na fila há mais de meia hora, e não há respeito”. Ela continuou a ladrar durante uns bons segundos. Eu lá deixei a simpática senhora passar à minha frente para ver se esta se calava. O engraçado é que a senhora estava na outra fila...Enfim, há espaço para todos no autocarro e não nos vamos chatear. Tentei-me acomodar no meio daquela gente toda, e arranjei um espacinho ao pé da porta da saída. Quando o autocarro parava numa paragem eu lá me encolhia para as pessoas saírem. Missão um pouco complicada visto que aquilo estava atolado de gente. É claro que com paciência corre tudo bem. Paragem após paragem a minha ginástica repetia-se, tudo corria bem até a tal senhora carregar no botão. As portas abriram-se, eu abri passagem, as pessoas foram saindo sem problemas, e nisto a puta da velha (que não tem outro nome) ganha fôlego e ladra para o ar: “Mas o que é que se passa com as pessoas?! Põem-se aqui e não deixam passar!!!”. Eu juro...a minha vontade foi de espancar aquela puta desgraçada, dar-lhe um pontapé nas costas enquanto ela saía, atirar-lhe uma chapada na nuca, sei lá! Tantas hipóteses! Estive mesmo perto de ir parar à esquadra por agressão a uma idosa. Puta da velha...Em vez disso levantei a voz e respondi: “É preciso é calma”. Não foi tão bom como queria, mas ao menos disse alguma coisa. Cheguei a casa e comi bolachas de água e sal com doce de morango.

4 comentários:

Anónimo disse...

ahahahah, ha com cada personagem... como tu dizes "é preciso é calma"
(mas um chutozinho na velha desgraçada tambem nao era mau :P^^)

Anónimo disse...

Quando chegar a velha quero ser como essa senhora, LOL! Refilar com tudo e todos, eheheheh!! (brincadeirinha!) *** :P

Anónimo disse...

podias-lhe por gasolina e atear fogo!!!!

xlifes disse...

Aposto que essa pessoa vai para casa, aquece a perna de frango do dia anterior e se senta no sofá a ver telenovelas e a sonhar ter uma vida diferente....