quinta-feira, março 02, 2006

good old friends

Creio que todos já passamos por alguém e esse alguém não nos retribui o cumprimento. São pessoas que conhecemos ao longo da vida, mas que devido ao tempo que passa, deixam de nos falar. Tenho vários exemplos assim. Quando era mais chavalo tinha amigos com quem andava sempre, e considerava-os os meus melhores amigos. Passávamos os dias juntos, de manhã até à noite! Nas férias só púnhamos os pés em casa para as refeições. O bizarro disto tudo é que o tempo passa, seguimos as nossas vidas, as brincadeiras e façanhas deixam-se de se fazer, e só fica um enorme vazio. Pessoas que eu abraçava, falava, com quem me ria e brincava são agora ex-amigalhaços e passaram a ser simplesmente “conhecidos”, em que a maior frase que trocamos é “Então, tudo bem?” (e esta nem tem resposta...). É claro que estes são o exemplo menos mau, porque existem outras pessoas que nem falam connosco! Têm vergonha de conhecer alguém como eu e então deixam de falar, tornam-se pseudo importantes e donos de um nariz empinado de todo o tamanho. Ou é isso ou então a minha cara sofreu grandes alterações com a puberdade e essas coisas todas envolvidas no processo de envelhecimento. No entanto nem tudo está perdido, e quando menos esperamos encontramos um velho amigo ou colega que nos dá uma alegria desgraçada aqui dentro. Temos vontade de contar tudo sobre a nossa vida, saber tudo sobre a dele, mas como a pressa é muita ficamo-nos por um abraço e uns sorrisos (não daqueles amarelos, mas dos puros).
Resumindo, os bons e verdadeiros amigos são para sempre. Os outros “amigos” cheiram a couves e acabam por se revelar quem realmente são: uns verdadeiros montes de merda.

3 comentários:

Maria João disse...

Eu sei bem o que isso é! Há uns anos aconteceu-me dizer toda contente à minha prima «Olha, vem aí uma amiga, vou falar com ela!» e nisto eu afasto-me para rapidamente saber como está a minha "amiga", quando aquele afastamento acabou por ser em vão: «Olá, tás boa? Então que tens feito?» e ela responde "Olá!" e olha para mim do tipo "já te conheci e não te conheço mais, baza!!". Foi muito mau! Entretanto, mais episódios desse tipo têm existido e assim vão continuar. Devem achar-se muito importantes ao ponto de fingirem que não nos conhecem, mas no dia em que eu for reconhecida internacionalmente pelo meu trabalho (LOL!) a ver se elas não se gabarão às outras que "somos" amigas, numa atitude de interesse, mas nessa altura já sou eu que não as conheço, LOL! Peace :D

xlifes disse...

Essa é uma questão que me faz alguma impressão...
Como é possivel que pessoas que em tempo eram praticamente a nossa vida, com quem passavamos mais tempo do que com a nossa familia, possam agora não nos dizer nada?
Como é possivel que amizades de infância, outrora tão fortes e que pareciam infinitas, possam agora ser só lembranças de um tempo que parece que nem existiu, ou que aconteceu num universo alternativo?
É estranho e faz-me confusão.
Mas acontece e eu que o diga.
Não vos assusta?
A mim sim.
Como podemos ser tão leais, tão certos da força de uma relação, e depois, em pouco tempo (onde foi? quando? como?) percebermos que nada disso se manteve. Que quase já nem nos lembramos dos nomes, dos rostos, dos pormenores que julgávamos conhecer melhor que ninguém.
Quem nos garante que não volta a acontecer com as certezas de agora?
Podemos vir a perder e a esquecer na bruma do passado as caras que hoje procuramos no dia a dia?
As conversas que hoje temos com aqueles que nos dizem alguma coisa?
Alguns sim, outros não...
Há certezas?

Anónimo disse...

pah..por acaso ainda nao sofri muito desse problema,sim... ha aquelas pessoas que as vezes passamos na rua e pura e simplesmente soltamos um "olá" ou um "tudo bem?",quando ah duas noites atrás o pessoal tinha-se divertido...mas por acaso o meu grupo de amigos sempre ficou muito unido e como tal a malta por enquanto encontra-se sempre durante a semana e continuamos os mesmos de sempre...
Agora,fazem-se novas amizades e só me resta esperar que o mesmo aconteça com elas :P^^