quarta-feira, março 07, 2007
mostarda no nariz
Existem lugares que reconhecemos mal os cheiramos. Um dos meus preferidos: as mercearias! Aquele cheirinho de especiarias misturado com pãozinho quente acabado de sair do forno, ainda um leve aroma a bacalhau, e por vezes um travozinho a detergentes ou cadernos de duas linhas da escola primária, ainda por abrir. Um mundo onde abundam cheiros e que criam um tão especial. Outro cheiro que nos revela o lugar, mas que não sou grande adepto, é o cheiro do talho. Mal passamos por aquelas cortinhas de plástico (que costumam ter um porco desenhado), e levamos logo com um chapadão de aroma a carne. Carne de bovinos,caprinos, ovinos e suínos mortos e em pedaços, entram de uma maneira tão violenta pelas nossas narinas que nem temos dúvidas: é o talho. Um cheiro violento, mas mesmo daqueles hardcore, é o dos "pseudo-lavabos" das tascas. Neste universo o cheirinho a urina é rei, sempre o foi! Urina por vezes centenária, está salpicada nas paredes e sempre "entornada" no chão. O segredo é colocar o nariz dentro da t-shirt e ficar o menos tempo possível lá dentro. De volta aos bons aromas: é Domingo, estamos na cama até tarde e é então que um tentáculo de fumo branco nos invade o quarto e nos acorda...o que será? É ele...o grande cheiro, aliás O cheiro! O aroma! O verdadeiro orgasmo aromático!O grande...REFUGADO DO ALMOÇO DE DOMINGO!!! Cenouras, cebolas, pimentos, azeite e afins, todos eles dançam felizes dentro do tacho! Um bem haja aromático camaradas!
quinta-feira, março 01, 2007
dor
Hoje escrevo sobre dor. Não, não é um post com altos níveis depressivos, pelo contrário. É sobre estar vivo e utilizar a dor para comprovar tal facto. Existem momentos em que precisamos de libertar ira acumulada, sentimentos que nos apertam o pescoço, e palavras que estão presas. Uma dica: violência em nós próprios. Não se trata de andar ao murro e à cabeçada ao vizinho, mas sim a nós! À nossa pessoa. É um excelente anti-stress, falo por experiência própria. O mais recente acto de violência que apliquei em mim, foi num jardim, onde existem arbustos. Objectivo: Correr direito aos arbustos, e tentar saltar por cima deles. Têm grandes probabilidades de ficarem arranhados (devido aos ramos), de ganharem umas nódoas negras nas canelas, cotovelos e joelhos, ou se a queda for maior podem mesmo ficar à rasca dos músculos e ossos! Derrotados, suados, falhados, maltratados e cansados vão ser os adjectivos colados à nossa testa! O stress nesta altura já passou a vossa fronteira pessoal e basta agora recuperar das mazelas. Existem inúmeros actos de auto-violência com que se podem divertir (aconselho no Verão mergulharem numa piscina e darem "chapas". O vosso corpo vai ficar bem vermelho). Nota: Os actos de auto-violência acompanhados de uma boa dosagem de álcool vão ser bem mais divertidos! Caso não gostem muito de maltratar o vosso corpo por fora...bem, nesse caso abram uma garrafa de vinho, liguem a aparelhagem,e ponham o Sr. Jim Morrison a cantar...
"Show me the way
To the next whiskey bar
Oh, don't ask why
Oh, don't ask why
For if we don't find
The next whiskey bar
I tell you we must die"
"Show me the way
To the next whiskey bar
Oh, don't ask why
Oh, don't ask why
For if we don't find
The next whiskey bar
I tell you we must die"
terça-feira, janeiro 30, 2007
maldita naftalina
Após uma pausa de quase dois meses sem escrever nada aqui, cá estou eu para vos fazer perder tempo com coisas ridiculas. Antes de mais quero desejar um bom natal atrasado e boas entradas atrasadas a todos os visitantes deste site...ou seja, eu, a minha mãe, e todos aqueles que carregaram ali em cima no "next blog" e aterraram aqui. Não tenho nada de interessante para contar, por isso vou relatar aqui duas histórias passadas com a minha pessoa.
A primeira é já um clássico: "O ataque do pombo". Cena: Cais do Sodré, 10 minutos para as 8h (mais coisa menos coisa), um frio daqueles que congela qualquer extremidade do corpo. As portas do comboio abrem, mãos dentro do casaco e lá vou eu. Centenas de pessoas marcham apertadas, afinal é hora de ponta. Estou quase na saída, o barulho é caótico, ensurdecedor, mas mesmo assim consigo ouvir algo a aproximar-se. O meu sensor aranha avisa-me que algo está muito perto...perto demais. A reacção foi olhar para o lado. Quando me apercebi já era tarde, tinha levado com um pombo na cara e este tentava bater as asas para sair dali. Choque, repugnância e impotência frente ao sucedido. O pombo seguiu o seu caminho, eu segui o meu. Nunca mais fui o mesmo.
A segunda, mais recente: "o ataque do vidro". Cena: comboio da linha de Cascais, a meio de uma tarde quente. Estou sentado, e à minha frente está um amigo, com o qual faço conversa. Esta começa a esgotar-se e é então que resolvo puxar de um assunto, mas algo interrompe-me. Alguma coisa está a bater nos vidros, e aproxima-se. Calo-me, e tento perceber o que se passa lá fora. É neste momento que passa um comboio no sentido oposto, com algo preso (um ferro talvez), que vai riscando todos os vidros do meu comboio...quando chega à minha janela não tem mais nada: Parte o vidro em milhões de bocadinhos, que são projectados para cima de mim. Sacudi o cabelo, tinha pontinhas vermelhas de sangue nos braços e sentia os vidrinhos colados nas minhas costas e pescoço. As pessoas ficaram chocadas, perguntaram se estavamos bem (sim, desta vez tive a companhia do meu compincha) e atrás de nós apareceu o Sr. Revisor aka Pica. -"Estão bem? Não se aleijaram?" nós-"O vidro partiu e ficamos cobertos de vidros...nada de grave" Sr. Revisor aka Pica - "Ah, está bem....então vão para a outra carruagem". Fim.
Estão relatadas duas histórias. Já desenferrugei os dedos. Moral das histórias: Há coisas fantásticas não há?
A primeira é já um clássico: "O ataque do pombo". Cena: Cais do Sodré, 10 minutos para as 8h (mais coisa menos coisa), um frio daqueles que congela qualquer extremidade do corpo. As portas do comboio abrem, mãos dentro do casaco e lá vou eu. Centenas de pessoas marcham apertadas, afinal é hora de ponta. Estou quase na saída, o barulho é caótico, ensurdecedor, mas mesmo assim consigo ouvir algo a aproximar-se. O meu sensor aranha avisa-me que algo está muito perto...perto demais. A reacção foi olhar para o lado. Quando me apercebi já era tarde, tinha levado com um pombo na cara e este tentava bater as asas para sair dali. Choque, repugnância e impotência frente ao sucedido. O pombo seguiu o seu caminho, eu segui o meu. Nunca mais fui o mesmo.
A segunda, mais recente: "o ataque do vidro". Cena: comboio da linha de Cascais, a meio de uma tarde quente. Estou sentado, e à minha frente está um amigo, com o qual faço conversa. Esta começa a esgotar-se e é então que resolvo puxar de um assunto, mas algo interrompe-me. Alguma coisa está a bater nos vidros, e aproxima-se. Calo-me, e tento perceber o que se passa lá fora. É neste momento que passa um comboio no sentido oposto, com algo preso (um ferro talvez), que vai riscando todos os vidros do meu comboio...quando chega à minha janela não tem mais nada: Parte o vidro em milhões de bocadinhos, que são projectados para cima de mim. Sacudi o cabelo, tinha pontinhas vermelhas de sangue nos braços e sentia os vidrinhos colados nas minhas costas e pescoço. As pessoas ficaram chocadas, perguntaram se estavamos bem (sim, desta vez tive a companhia do meu compincha) e atrás de nós apareceu o Sr. Revisor aka Pica. -"Estão bem? Não se aleijaram?" nós-"O vidro partiu e ficamos cobertos de vidros...nada de grave" Sr. Revisor aka Pica - "Ah, está bem....então vão para a outra carruagem". Fim.
Estão relatadas duas histórias. Já desenferrugei os dedos. Moral das histórias: Há coisas fantásticas não há?
terça-feira, dezembro 05, 2006
adoptar netos
Há quem faça filhos, há quem os compre, há quem os roube, há quem os mate e há quem os adopte. Para os adoptar é preciso ir lá à “loja dos filhos” e trazer um. Com sorte talvez tenham promoções para o Natal. Leve dois orfãos, receba um de borla...ranhoso! Bem, mas a questão que me anda a moer o juizo durante esta semana é a seguinte: Porque é que só se podem adoptar filhos? Não se pode adoptar um neto? Ou um sobrinho? Porque é que temos de adoptar filhos! Imaginemos um casal, com três lindos meninos. Estes cresceram, mas para desilusão dos pais, não tiveram filhos! Isto porque um era infértil, outro era homosexual e o terceiro...morreu. Todas as hipoteses deste casal (agora já velhinho), de terem netos, foram por água abaixo! Solução? Adoptar um neto! Não é fácil? Se é possível adoptar um filho, acho que devia ser possível adoptar um neto! Vamos tornar velhinhos felizes e com netos! Jesus é uma cebola!
quarta-feira, novembro 15, 2006
este dia está azedo
Nem todos os dias podem ser bons e agradáveis, e existem dias que nos correm mal do principio ao fim. Sentimo-nos em baixo, depressivos, revoltados e ansiosos que o dia acabe depressa. A situação repete-se várias vezes por mês ou semana, e é por isso que acho que se deveria criar uma instituição onde pudessemos trocar os dias maus por dias bons! Centro de Reclamação e Troca de Dias Maus, o CRTDM. O dia correu-lhe mal? Não desespere, pode trocá-lo por outro! Ainda não pensei muito bem se haveria algum tipo de pagamento...poderia funcionar por pontos, não sei. E só os dias uteis é que poderiam ser trocados (férias e feriados não incluidos). Imaginem que saiam de casa, apanhavam chuva, perdiam o comboio por 4 segundos, um transeunte espirráva-vos em cima, eram assaltados, o trabalho corria-vos mal, entre muitos outros possíveis azares. Não tinham que se preocupar, dirigiam-se ao CRTDM e pediam o vosso dia novamente! Era trocado imediatamente. Mais um dia na vossa vida! Ou então é mais uma ideia assim assim. Cheira a faneca.
quarta-feira, novembro 08, 2006
a alheta
Se existe sítio que eu gostava de visitar é a Alheta. Estou sempre a dizer que vou lá, mas aqui entre nós ainda não realizei tal sonho. Agora que me debruço sobre o assunto, a Alheta deve ser um lugar bastante agradável, com um clima excelente para passar férias ou quem sabe cinco minutos apenas. Oiço dizer: “bem, vou-me por na Alheta, até amanhã”....hmmm, neste caso não é uma questão de férias, mas uma passagem rápida, logo a Alheta está mais perto do que pensávamos! Mas também há quem diga: “Quero é acabar os estudos, arranjar trabalho e por-me na Alheta!”. Aqui a Alheta ganha força...há quem queira chegar à Alheta e o mais rápido possível! Será essa a nossa missão na vida? Será esse o sentido da vida? Chegar à Alheta? Sinceramente não acredito...os que vão, voltam logo, e os que dizem que vão para sempre estão sempre cá, logo se foram, não ficaram...confuso? Além disso se fossemos todos parar à Alheta, este lugar seria pior que Tóquio, Nova Iorque, São Paulo ou até mesmo Amadora! Seria uma enorme concentração de pessoas! Se assim for nunca quero passar pela Alheta. Um bem haja aos Alhetenses e ao seu turismo.
sexta-feira, novembro 03, 2006
poesia rápida e barata
E lá estava eu...deitado, a perder-me na imensidão do espaço
Tu apareceste...olhaste-me, e depois dum sorriso veio o abraço
Apertei-te com força...a saudade era muita, o sentimento era estranho...
Foi então que me apercebi, não eras tu...era um sonho.
Silêncio, tédio e revolta...os três inimigos esmagam-me sem qualquer aviso
Sem forças acabo por chorar, como se me doesse o dente do siso
A esperança ou salvação não está em caramelos ou figos...
A esperança e a salvação está nos verdadeiros amigos!
Magoaste-me o dispositivo que me bombeia o sangue
Feriste-me por dentro...e por fora
Tenho uma faca espetada e só espero que esta merda estanque
Ou é desta que eu bato a bota e me vou embora...
As lágrimas saem como se não parasse de chover
Preciso de uma arma...ou à falta de coragem duma bebedeira
Preciso de berrar, desabafar, gritar e sofrer
Preciso de amigos..preciso de Casal da Eira
Atiram-me com palavras que não mereço
Rotulam-me com nomes que desconheço
Ouvi-los seria matar a minha identidade
Cresçam, apareçam, larguem a puberdade...
Espanco-te meu amor
Porque é o que mereces
Alimentaste esta dor
E agora estremeces...
Convidei-te para este sitio, tão especial para nós
Senta-te, olha agora o por do sol...
Puxei o gatilho da arma do Mós
PUM!....já só existo eu..eu e o por do sol
Penetro-te como se não houvesse amanhã
Eu gemo e tu gritas como uma atrasada
Resolvo tapar-te a cara com uma almofada
Calas-te...parece mesmo que não existe amanhã.
Tu apareceste...olhaste-me, e depois dum sorriso veio o abraço
Apertei-te com força...a saudade era muita, o sentimento era estranho...
Foi então que me apercebi, não eras tu...era um sonho.
Silêncio, tédio e revolta...os três inimigos esmagam-me sem qualquer aviso
Sem forças acabo por chorar, como se me doesse o dente do siso
A esperança ou salvação não está em caramelos ou figos...
A esperança e a salvação está nos verdadeiros amigos!
Magoaste-me o dispositivo que me bombeia o sangue
Feriste-me por dentro...e por fora
Tenho uma faca espetada e só espero que esta merda estanque
Ou é desta que eu bato a bota e me vou embora...
As lágrimas saem como se não parasse de chover
Preciso de uma arma...ou à falta de coragem duma bebedeira
Preciso de berrar, desabafar, gritar e sofrer
Preciso de amigos..preciso de Casal da Eira
Atiram-me com palavras que não mereço
Rotulam-me com nomes que desconheço
Ouvi-los seria matar a minha identidade
Cresçam, apareçam, larguem a puberdade...
Espanco-te meu amor
Porque é o que mereces
Alimentaste esta dor
E agora estremeces...
Convidei-te para este sitio, tão especial para nós
Senta-te, olha agora o por do sol...
Puxei o gatilho da arma do Mós
PUM!....já só existo eu..eu e o por do sol
Penetro-te como se não houvesse amanhã
Eu gemo e tu gritas como uma atrasada
Resolvo tapar-te a cara com uma almofada
Calas-te...parece mesmo que não existe amanhã.
quarta-feira, outubro 11, 2006
macacos do nariz
O nosso corpo é uma máquina extremamente bem desenvolvida, mas apesar disso temos de lidar todos os dias com matérias menos bonitas, nomeadamente as fezes, a urina, a saliva, a especturação e...os macacos. A dúvida de hoje debruça-se sobre esse aglumerado de sujidade entranhado nas nossas fossas nasais e pendurado nos pelos das mesmas. Os macacos não têm um nome mais sério? Algo mais credível? Todas as outras têm : fezes-merda / urina-mijo / saliva-cuspo / especturação-escarreta. Porque razão os macacos não têm direito a um nome mais profissional e científico? Eles são macacos porque estão pendurados lá dentro certo? Então se calhar deveriam ser chamados de “primatas nasais” ou “símios nasais”. Qualquer coisa menos macacos do nariz. Eles também têm direito a um nome bonitinho! A luta continua! Eu tiro primatas nasais com o dedo e só depois é que colo ao papel.
segunda-feira, outubro 09, 2006
sexta-feira, outubro 06, 2006
a minha colecção

a menina Jorgina
Era uma vez uma menina
Extremamente aventureira
O seu nome era Jorgina
E resolveu subir a uma nespereira
Tinha tanto de maria-rapaz
Que mais parecia o vizinho João
De repente o tronco faz “trazzz”
Lá caiu ela com os cornos no chão
Jorgina berrou e chorou
Mas rapidamente limpou as lágrimas
Lá se levantou e gritou:
“Sou uma mulher de armas!”
Forte e confiante
Encheu o peito de ar
Deu um passo em frente
E ouviu algo a activar
Uns segundos depois
Deu-se uma grande explosão
Jorgina estava desfeita em 24 ou em 22
Pois tinha pisado uma mina no chão
Extremamente aventureira
O seu nome era Jorgina
E resolveu subir a uma nespereira
Tinha tanto de maria-rapaz
Que mais parecia o vizinho João
De repente o tronco faz “trazzz”
Lá caiu ela com os cornos no chão
Jorgina berrou e chorou
Mas rapidamente limpou as lágrimas
Lá se levantou e gritou:
“Sou uma mulher de armas!”
Forte e confiante
Encheu o peito de ar
Deu um passo em frente
E ouviu algo a activar
Uns segundos depois
Deu-se uma grande explosão
Jorgina estava desfeita em 24 ou em 22
Pois tinha pisado uma mina no chão
terça-feira, outubro 03, 2006
wash & clean
A vontade de ir à casa de banho aparece quando menos esperamos, ou quando nos dá menos jeito. Foi em plena aula que me deu a vontade e eis que surge a grande questão: O que siginifica w.c? As tentativas iam sendo atiradas ao ar. A primeira que me surgiu foi Wash & Clean. Fazia sentido, mas não tinha certezas. Optei então por um caminho mais religioso...a.C (antes de Cristo), d.C (depois de Cristo)... w.C (wow!Christ!), no sentido de fazer esforço em demasia para “algo cair”. Hmmm, definitivamente não era esta a resposta. Isto não é assunto para deixar a meio e resolvi procurar numa coisa chamada internet. Eis o resultado desta cof intensiva cof pesquisa:
“WC pode significar:
(do inglês water closet, "armário da água") para Vaso sanitário / Sanita.“
É claro que fiquei surpreendido por tamanha estupidez. Water Closet? Já me estou a imaginar a abrir o armário e toma lá urina! Por este andar lavava as mãos e os dentes na gaveta das meias, e os pés na gaveta das t-shirts! E claro, que num wc existem sempre problemas de saneamento, logo o sr. canalizador tinha de entrar em acção e desentupir-me a “merda da gaveta” das camisolas! Bom, com isto tudo proponho que o significado de w.c seja alterado! A minha hipótese (Wash & Clean) faz mais sentido e só assim teremos um futuro promissor neste universo sanitário! Um bem haja bem cheirosinho.
“WC pode significar:
(do inglês water closet, "armário da água") para Vaso sanitário / Sanita.“
É claro que fiquei surpreendido por tamanha estupidez. Water Closet? Já me estou a imaginar a abrir o armário e toma lá urina! Por este andar lavava as mãos e os dentes na gaveta das meias, e os pés na gaveta das t-shirts! E claro, que num wc existem sempre problemas de saneamento, logo o sr. canalizador tinha de entrar em acção e desentupir-me a “merda da gaveta” das camisolas! Bom, com isto tudo proponho que o significado de w.c seja alterado! A minha hipótese (Wash & Clean) faz mais sentido e só assim teremos um futuro promissor neste universo sanitário! Um bem haja bem cheirosinho.
quinta-feira, setembro 14, 2006
cheira a enchidos
A pedido de muitas familias cá estou eu para mais um post parvo. Cá vai. Quando arrotamos cheira a chouriço. Depois de um almoço, o nosso corpinho tem necessidade de expulsar gases e afins...logo o arroto ou o peido tornam-se hábitos diários. O interessante nisto tudo é que o arroto cheira sempre a chouriço, independentemente de termos almoçado carne, peixe, azevias ou hortaliça. O cheiro que vem cá de dentro é de chouriço (há quem o defina como bife, mas eu prefiro chouriço...salvo seja). Mas calma, esta característica do arroto não se fica por aqui. O cheiro dum arroto é algo sem escrúpulos, pois denuncia-nos a qualquer hora e lugar. Podemos estar numa aula, no comboio, no cinema, seja onde for, e até o arroto ser daqueles que mais parecem um soluço (silenciosos com um pinote da cabeça), a questão é que o cheiro denuncia-nos sempre! Segundos depois parece que estamos numa fábrica de chouriços ou numa tasca nortenha. O cheiro é intenso e não dá para disfarçar (nota: se estiverem em grupo tentem esquivar-se, pode ser que resulte; se estiverem a sós com alguém...bem, enterrem a cabeça na terra ou comecem a espumar-se da boca). Será que os pinguins arrotam a chouriço?
sexta-feira, julho 21, 2006
febre amarela
Existem certas coisas que não fazem sentido. Uma delas são as legendas amarelas. Conseguem tornar um bom filme num péssimo filme, e no entanto são só legendas. Sentamo-nos no sofá, temos as pipocas, temos a bebida, os pés estão descalços, os estores estão quase fechados, parece estar tudo pronto para o inicio do filme. Play no comando e cá vai disto! Levantamos o som para nos entregarmos totalmente ao filme e eis que este começa...o genérico é a passagem para dentro do filme, para a sua história, e desperta-nos emoções e alguma ansiedade. A música é a cereja em cima do bolo, e consegue mesmo pôr-nos com pele de galinha. Sentimo-nos bem porque definitivamente o filme promete! O genérico acaba de uma maneira subtil, aparece um personagem que resolve falar, resultando nas maravilhosas legendas amarelas...os nossos olhos contraem-se com a luminosidade da coisa, o nosso coração ameaça uma paragem cardíaca, o nosso cérebro tenta não acreditar naquilo que viu e aguardamos petrificados, suados e a engolir em seco pela próxima fala e legenda. Rapidamente ela resolve aparecer e é aqui que o sentimento de revolta misturado com frustração apodera-se de nós. Caímos como um peso morto no sofá, os nossos olhos ficam vermelhos e é dada a ordem para as lágrimas partirem. As pipocas espalham-se pelo chão, envolvendo-se com cotão e alguns pelos do gato. Uma tarde de cinema caseiro foi por água abaixo, dando lugar a uma tarde depressiva, em que a única questão que fazemos a nós próprios é: “Mas porquê?”.
quinta-feira, julho 13, 2006
senhor agente da autoridade
Chui, s. m. (gír.) polícia.
Chui é uma palavra estranha e que ninguém usa. Em todos estes anos de vida, nunca ouvi ninguém dizer chui. Só a utilizam nas traduções dos filmes e sinceramente também não compreendo...usem polícia em vez de chui! Alguém já ouviu dizer na rua: “Oh senhor chui, pode-me dizer onde fica esta rua?” ou então “Socorro, chamem os chuis!”. Sendo assim existem vários tipos de chui, vejamos: Chui à paisana, chui militar, chui de trânsito, chui sinaleiro, chui a cavalo, cães chui e o meu preferido: chui de choque. Tantos chuis e nenhum consegue intimidar, nem mesmo o chui de choque. Nunca ouvimos ninguém a dizer na escola que o pai dele era chui! Polícia era...agora chui, nunca! Que vergonha...imaginem a turma toda a gozar com a criança: “O teu pai é chui! O teu pai é chui!”. Traumas que ficam para sempre com certeza. Mudando radicalmente de assunto, hoje regressava a casa de comboio, vinha a falar com um amigo, passou um comboio na outra linha, o vidro da janela rebenta e ficámos cobertos de vidros. Vidros na cabeça, vidros na cara, vidros na roupa, vidros nas costas, vidros nos braços, vidros nos pés. Lá fiquei cheio de pontinhos vermelhos de sangue no braço. Acho que é um caso para a chui judiciária.
Chui é uma palavra estranha e que ninguém usa. Em todos estes anos de vida, nunca ouvi ninguém dizer chui. Só a utilizam nas traduções dos filmes e sinceramente também não compreendo...usem polícia em vez de chui! Alguém já ouviu dizer na rua: “Oh senhor chui, pode-me dizer onde fica esta rua?” ou então “Socorro, chamem os chuis!”. Sendo assim existem vários tipos de chui, vejamos: Chui à paisana, chui militar, chui de trânsito, chui sinaleiro, chui a cavalo, cães chui e o meu preferido: chui de choque. Tantos chuis e nenhum consegue intimidar, nem mesmo o chui de choque. Nunca ouvimos ninguém a dizer na escola que o pai dele era chui! Polícia era...agora chui, nunca! Que vergonha...imaginem a turma toda a gozar com a criança: “O teu pai é chui! O teu pai é chui!”. Traumas que ficam para sempre com certeza. Mudando radicalmente de assunto, hoje regressava a casa de comboio, vinha a falar com um amigo, passou um comboio na outra linha, o vidro da janela rebenta e ficámos cobertos de vidros. Vidros na cabeça, vidros na cara, vidros na roupa, vidros nas costas, vidros nos braços, vidros nos pés. Lá fiquei cheio de pontinhos vermelhos de sangue no braço. Acho que é um caso para a chui judiciária.
terça-feira, junho 27, 2006
o gosto discute-se
“O gosto não se discute”. Quantas e quantas vezes ouvimos esta frase nas nossas vidas? Acho que o exemplo mais notável é a nível cultural. O gosto não se discute? A merda é que não se discute! Vão-me dizer que quem gosta dessas novas bandas feitas às três pancadas tem algum gosto? São essas pessoas que me vão dizer que o gosto não se discute? Basta de ignorância e vamos assumir os nossos gostos! Gostam, tudo bem. Mas porquê? Conseguem explicar? Cada um come do que gosta, mas será que esta desculpa do “gosto não se discute” se vai manter para abafar bandas sem o mínimo de qualidade que se limitam a plagiar e a roubar músicas, ou mesmo o incentivo à violência e à destruição? Esta desculpa ainda pega? Muito sinceramente, se o gosto ainda não se discute, deveria começar a discutir-se! Não para insultar a pessoa, ou para deitá-la abaixo, mas sim para absorver informação e para ouvir uma explicação do porquê. A sério que gostava mesmo de saber as razões que levam as pessoas a irem por tais caminhos (que decerto não serão por motivos sociais como o medo de rejeição em grupos, ou a solidão, longe disso cofcof). Como já disse, cada um come do que gosta...é pena é que só comam o que lhes dão. Isso é que me faz confusão e que me revolta. Podem-me até dizer que aquela música é engraçada e que gostam dela, mas adianto já que é mentira. Aposto que nunca se deu ao trabalho de ir ver a letra, de ver o lamechas e inútil que aquilo é, e que realmente só o é para ganhar dinheiro (que mais?). Passa-se o mesmo com filmes, séries, programas, álbuns, livros e obras de arte. Já é normalissimo (infelizmente) irmos a uma exposição de um artista qualquer e alguém dizer: “Não gosto muito deste artista, prefiro mais o outro” ou “Aquela mancha de tinta e rabiscos? Aquilo também eu fazia!”...pois, mas não o fez, e se não gosta é porque não conhece. Também torço o nariz a muita coisa, mas é normal porque não conheço. É preciso haver uma preparação, uma recolha antes de nos atirarmos de cabeça a algum objecto de cultura. É óbvio que nestas torções de nariz (e é grande) consigo avaliar coisas realmente más, de qualidade medíocre, mas aí sou o primeiro a dizer: “Que merda é esta?”. É claro que não me quero armar em superior nem manipular ninguém (se bem que às vezes....). Concluindo, o meu concelho é Cascais, mas o meu conselho é o seguinte: Comam o que quiserem. Certifiquem-se que não é merda. Vocês vão saber.
PS. Morte aos D’ZRT e afins. Um bem haja.
PS. Morte aos D’ZRT e afins. Um bem haja.
sábado, junho 24, 2006
ficção, fonte de inspiração
A ficção toma conta de nós e nós seguimos as suas regras sem nos questionarmos. É triste ver que a maioria das pessoas se rege por ideias que os filmes transmitem. Filmes fáceis como comédias românticas servem de exemplo a seguir. O casal que se conhece por puro acaso numa lavandaria, num avião ou qualquer outra ocasião completamente estúpida, acaba sempre por passar grandes momentos junto ao mar, a ver o pôr do sol, ou no parque a rebolar ao som daquelas músicas nojentas que se ouvem vezes e vezes sem conta nas rádios da populaça e da juventude rebelde. Surgem sorrisos, frases e pensamentos muito profundos que surpreendem a rapariga, os beijos são sempre mágicos, e claro, todas as quecas são divinais! As velas estão lá, a cama é gigantesca, o casal é sempre bonito e bem constituído, os orgasmos são de outro mundo, acordam sempre com um sorriso na cara, e lá vão (ela com a camisa dele vestida) tomar um pequeno almoço completo e nutritivo, com muita fruta, cereais, café, leite, torradas e waffles É tão perfeito que até me dá vontade de vomitar. Isto é perfeito demais! As coisas não funcionam assim, e ainda bem. É que todas estas coisas que se fazem nos filmes vão sendo assimiladas pelas raparigas (mais sensíveis e essas coisas todas), e quando um rapaz tenta surpreende-la com algo que lhe deu trabalho, a coisa não resulta. Porquê? Porque ela estava à espera de mais alguma coisa. Como no filme! E se não é como no filme, não é bom e não chega. Deixem-se de merdas, amem como deve ser ou seja, à vossa maneira, e não se deixem levar por filmes mesquinhos e inúteis.
quinta-feira, junho 08, 2006
o flashback mentiroso
A nossa vida é feita de lembranças, sejam elas boas, más, mal cheirosas, gordas ou ásperas. Passamos num sitio e o nosso cérebro transporta-nos logo para uma determinada situação, passada ou não naquele local. É como se voltássemos a reviver o momento, de uma maneira um pouco dispersa a nível de sentidos, mas concreta a nível de sentimentos. Apesar desta falha de sentidos, nomeadamente o olfacto, o tacto, o paladar e a audição, a visão é o único sentido que conseguimos reviver da melhor maneira. Conseguimos imaginar a ponte tal como ela era, ver a cara das pessoas, olhar para o céu que estava azul, resumindo, tudo o que estava ao alcance do nosso campo visual. A questão que fica é a seguinte: Porque é que nos filmes e nas novelas, quando alguém tem um flashback, imagina sempre uma cena já gravada, com a personagem já incluída! Passo a explicar, vemos uma cena em que uma rapariga tropeça numa casa de tremoço, e que vai direitinha ao chão, mas no último segundo um jovem loiro e de olhos azuis consegue agarrar a rapariga, e não a deixa estatelar-se no chão. É aqui que a química desabrocha, os olhares ficam colados um ao outro e com sorte ainda há um beijinho (sem língua). A cena dá lugar a outra, mais tarde a tal rapariga está a limpar o chão do quarto, vê uma casca de tremoço, de repente olha para o infinito: a imagem fica toda branca e qual é o flashback que ela tem? É o nosso flashback! O do nosso campo visual e não do dela! A mesma cena, igualzinha à original! Mas será que ninguém se lembra de filmar o que ela viu realmente? Os olhos dela deviam ser a câmara de filmar, logo devíamos ver um passeio, um tropeçar, um chão e uma casca de tremoço a ficarem mais próximos, um jovem a agarrar e a levantar, e por fim os olhos do rapaz! Por acaso gostava de visualizar as minhas lembranças assim, cheias de ângulos e a ver-me como estava. A culpa é dos tremoços.
sexta-feira, junho 02, 2006
a bela bandeira
Estamos em altura de campeonato do mundo de futebol e como não poderia deixar de ser, a bandeira nacional invadiu janelas, varandas e terraços. Sinceramente não acho muita piada a essa febre, mas também não quero falar disso agora. É um caminho muito fácil e ia acabar por ficar deprimido. Do que quero mesmo falar é da bandeira. Da nossa bandeira! A bandeira que serve para pendurar no estendal, a mesma que fica cinzenta de andar presa no tubo de escape dum automóvel, aquela que fica rasgada e amarelada depois de tanto tempo ao ar livre, a tal bandeira que é puxada e atirada ao chão depois de uma inauguração de uma estátua ou instituição. Normalmente as bandeiras são bastante simples, duas ou três cores e acabou. Não digo que sejam bonitas, mas comparadas à portuguesa conseguem dar-me um sorriso na cara. Adiante, a nossa bandeira é feia. Ninguém pode dizer o contrário. É um facto. O vermelho e o verde não combinam. Dizem que o vermelho representa o sangue derramado em batalhas, mas será necessário aquele vermelho? Verde é a cor da esperança, e essa é a última a morrer...mas também morre. O brasão de armas de Portugal também não tem futuro nenhum...a esfera armilar é muito complexa, o escudo português contém cinco escudetes azuis com bolinhas brancas e à volta deste estão os sete castelos amarelinhos em fundo vermelho, que em nenhuma bandeira são iguais! Já vi castelos que se parecem com templos chineses. Uma bandeira verdadeiramente portuga que faz lembrar um belo cozido à portuguesa, cheio de coisas que não combinam umas com as outras...bem, a diferença é que o cozido resulta no fim.
quarta-feira, maio 31, 2006
riscos altos
Normalmente, quando olhamos para o céu vemos sempre um azul que vai até à linha do horizonte, umas quantas nuvens, umas gaivotas, um avião, e sempre, mas sempre...dois risquinhos de fumo branco e paralelos, que se vão perdendo à medida em que avançam. Donde vêm estes riscos? Podem-me dizer que são jactos que andam por aí a passear e em manobras, mas sinceramente isto é obra extra terrestre. Afinal de contas Portugal não pode ter assim tantos aviões, ou pode? Se são mesmo aviões gostava mesmo de saber a vida dos pilotos. Acordam, tomam o pequeno almoço, vão para a base (que nem deve existir), e depois fazem pés...ao céu? Existe mesmo alguém que faz isto? E o que fazem lá em cima? Portugal precisa de se preocupar com algum ataque terrorista vindo do céu!? Eu gosto dos riscos, mas dos aviões nem tanto. Qualquer dia andam a comprar submarinos assim do nada....ah...pois, esses também já os temos. Amo-te Portugal.
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