quarta-feira, outubro 11, 2006

macacos do nariz

O nosso corpo é uma máquina extremamente bem desenvolvida, mas apesar disso temos de lidar todos os dias com matérias menos bonitas, nomeadamente as fezes, a urina, a saliva, a especturação e...os macacos. A dúvida de hoje debruça-se sobre esse aglumerado de sujidade entranhado nas nossas fossas nasais e pendurado nos pelos das mesmas. Os macacos não têm um nome mais sério? Algo mais credível? Todas as outras têm : fezes-merda / urina-mijo / saliva-cuspo / especturação-escarreta. Porque razão os macacos não têm direito a um nome mais profissional e científico? Eles são macacos porque estão pendurados lá dentro certo? Então se calhar deveriam ser chamados de “primatas nasais” ou “símios nasais”. Qualquer coisa menos macacos do nariz. Eles também têm direito a um nome bonitinho! A luta continua! Eu tiro primatas nasais com o dedo e só depois é que colo ao papel.

segunda-feira, outubro 09, 2006

sexta-feira, outubro 06, 2006

a minha colecção

Finalmente resolvi mostrar ao mundo a minha colecção de unhas. Unhas de vários dedos, das mãos ou dos pés, unhas de amigos, unhas de familiares, e muitas unhas minhas. Unhas para ali e unhas para aqui. Unhas pintadas, unhas cagadas, unhas mal cortadas e unhas encravadas. Unhas já com 8/9 anos e unhas fresquinhas cortadas hoje. Adoro a minha colecção de unhas e ela adora-me.

a menina Jorgina

Era uma vez uma menina
Extremamente aventureira
O seu nome era Jorgina
E resolveu subir a uma nespereira

Tinha tanto de maria-rapaz
Que mais parecia o vizinho João
De repente o tronco faz “trazzz”
Lá caiu ela com os cornos no chão

Jorgina berrou e chorou
Mas rapidamente limpou as lágrimas
Lá se levantou e gritou:
“Sou uma mulher de armas!”

Forte e confiante
Encheu o peito de ar
Deu um passo em frente
E ouviu algo a activar

Uns segundos depois
Deu-se uma grande explosão
Jorgina estava desfeita em 24 ou em 22
Pois tinha pisado uma mina no chão

terça-feira, outubro 03, 2006

wash & clean

A vontade de ir à casa de banho aparece quando menos esperamos, ou quando nos dá menos jeito. Foi em plena aula que me deu a vontade e eis que surge a grande questão: O que siginifica w.c? As tentativas iam sendo atiradas ao ar. A primeira que me surgiu foi Wash & Clean. Fazia sentido, mas não tinha certezas. Optei então por um caminho mais religioso...a.C (antes de Cristo), d.C (depois de Cristo)... w.C (wow!Christ!), no sentido de fazer esforço em demasia para “algo cair”. Hmmm, definitivamente não era esta a resposta. Isto não é assunto para deixar a meio e resolvi procurar numa coisa chamada internet. Eis o resultado desta cof intensiva cof pesquisa:

“WC pode significar:
(do inglês water closet, "armário da água") para Vaso sanitário / Sanita.“


É claro que fiquei surpreendido por tamanha estupidez. Water Closet? Já me estou a imaginar a abrir o armário e toma lá urina! Por este andar lavava as mãos e os dentes na gaveta das meias, e os pés na gaveta das t-shirts! E claro, que num wc existem sempre problemas de saneamento, logo o sr. canalizador tinha de entrar em acção e desentupir-me a “merda da gaveta” das camisolas! Bom, com isto tudo proponho que o significado de w.c seja alterado! A minha hipótese (Wash & Clean) faz mais sentido e só assim teremos um futuro promissor neste universo sanitário! Um bem haja bem cheirosinho.

quinta-feira, setembro 14, 2006

cheira a enchidos

A pedido de muitas familias cá estou eu para mais um post parvo. Cá vai. Quando arrotamos cheira a chouriço. Depois de um almoço, o nosso corpinho tem necessidade de expulsar gases e afins...logo o arroto ou o peido tornam-se hábitos diários. O interessante nisto tudo é que o arroto cheira sempre a chouriço, independentemente de termos almoçado carne, peixe, azevias ou hortaliça. O cheiro que vem cá de dentro é de chouriço (há quem o defina como bife, mas eu prefiro chouriço...salvo seja). Mas calma, esta característica do arroto não se fica por aqui. O cheiro dum arroto é algo sem escrúpulos, pois denuncia-nos a qualquer hora e lugar. Podemos estar numa aula, no comboio, no cinema, seja onde for, e até o arroto ser daqueles que mais parecem um soluço (silenciosos com um pinote da cabeça), a questão é que o cheiro denuncia-nos sempre! Segundos depois parece que estamos numa fábrica de chouriços ou numa tasca nortenha. O cheiro é intenso e não dá para disfarçar (nota: se estiverem em grupo tentem esquivar-se, pode ser que resulte; se estiverem a sós com alguém...bem, enterrem a cabeça na terra ou comecem a espumar-se da boca). Será que os pinguins arrotam a chouriço?

sexta-feira, julho 21, 2006

febre amarela

Existem certas coisas que não fazem sentido. Uma delas são as legendas amarelas. Conseguem tornar um bom filme num péssimo filme, e no entanto são só legendas. Sentamo-nos no sofá, temos as pipocas, temos a bebida, os pés estão descalços, os estores estão quase fechados, parece estar tudo pronto para o inicio do filme. Play no comando e cá vai disto! Levantamos o som para nos entregarmos totalmente ao filme e eis que este começa...o genérico é a passagem para dentro do filme, para a sua história, e desperta-nos emoções e alguma ansiedade. A música é a cereja em cima do bolo, e consegue mesmo pôr-nos com pele de galinha. Sentimo-nos bem porque definitivamente o filme promete! O genérico acaba de uma maneira subtil, aparece um personagem que resolve falar, resultando nas maravilhosas legendas amarelas...os nossos olhos contraem-se com a luminosidade da coisa, o nosso coração ameaça uma paragem cardíaca, o nosso cérebro tenta não acreditar naquilo que viu e aguardamos petrificados, suados e a engolir em seco pela próxima fala e legenda. Rapidamente ela resolve aparecer e é aqui que o sentimento de revolta misturado com frustração apodera-se de nós. Caímos como um peso morto no sofá, os nossos olhos ficam vermelhos e é dada a ordem para as lágrimas partirem. As pipocas espalham-se pelo chão, envolvendo-se com cotão e alguns pelos do gato. Uma tarde de cinema caseiro foi por água abaixo, dando lugar a uma tarde depressiva, em que a única questão que fazemos a nós próprios é: “Mas porquê?”.

quinta-feira, julho 13, 2006

senhor agente da autoridade

Chui, s. m. (gír.) polícia.

Chui é uma palavra estranha e que ninguém usa. Em todos estes anos de vida, nunca ouvi ninguém dizer chui. Só a utilizam nas traduções dos filmes e sinceramente também não compreendo...usem polícia em vez de chui! Alguém já ouviu dizer na rua: “Oh senhor chui, pode-me dizer onde fica esta rua?” ou então “Socorro, chamem os chuis!”. Sendo assim existem vários tipos de chui, vejamos: Chui à paisana, chui militar, chui de trânsito, chui sinaleiro, chui a cavalo, cães chui e o meu preferido: chui de choque. Tantos chuis e nenhum consegue intimidar, nem mesmo o chui de choque. Nunca ouvimos ninguém a dizer na escola que o pai dele era chui! Polícia era...agora chui, nunca! Que vergonha...imaginem a turma toda a gozar com a criança: “O teu pai é chui! O teu pai é chui!”. Traumas que ficam para sempre com certeza. Mudando radicalmente de assunto, hoje regressava a casa de comboio, vinha a falar com um amigo, passou um comboio na outra linha, o vidro da janela rebenta e ficámos cobertos de vidros. Vidros na cabeça, vidros na cara, vidros na roupa, vidros nas costas, vidros nos braços, vidros nos pés. Lá fiquei cheio de pontinhos vermelhos de sangue no braço. Acho que é um caso para a chui judiciária.

terça-feira, junho 27, 2006

o gosto discute-se

“O gosto não se discute”. Quantas e quantas vezes ouvimos esta frase nas nossas vidas? Acho que o exemplo mais notável é a nível cultural. O gosto não se discute? A merda é que não se discute! Vão-me dizer que quem gosta dessas novas bandas feitas às três pancadas tem algum gosto? São essas pessoas que me vão dizer que o gosto não se discute? Basta de ignorância e vamos assumir os nossos gostos! Gostam, tudo bem. Mas porquê? Conseguem explicar? Cada um come do que gosta, mas será que esta desculpa do “gosto não se discute” se vai manter para abafar bandas sem o mínimo de qualidade que se limitam a plagiar e a roubar músicas, ou mesmo o incentivo à violência e à destruição? Esta desculpa ainda pega? Muito sinceramente, se o gosto ainda não se discute, deveria começar a discutir-se! Não para insultar a pessoa, ou para deitá-la abaixo, mas sim para absorver informação e para ouvir uma explicação do porquê. A sério que gostava mesmo de saber as razões que levam as pessoas a irem por tais caminhos (que decerto não serão por motivos sociais como o medo de rejeição em grupos, ou a solidão, longe disso cofcof). Como já disse, cada um come do que gosta...é pena é que só comam o que lhes dão. Isso é que me faz confusão e que me revolta. Podem-me até dizer que aquela música é engraçada e que gostam dela, mas adianto já que é mentira. Aposto que nunca se deu ao trabalho de ir ver a letra, de ver o lamechas e inútil que aquilo é, e que realmente só o é para ganhar dinheiro (que mais?). Passa-se o mesmo com filmes, séries, programas, álbuns, livros e obras de arte. Já é normalissimo (infelizmente) irmos a uma exposição de um artista qualquer e alguém dizer: “Não gosto muito deste artista, prefiro mais o outro” ou “Aquela mancha de tinta e rabiscos? Aquilo também eu fazia!”...pois, mas não o fez, e se não gosta é porque não conhece. Também torço o nariz a muita coisa, mas é normal porque não conheço. É preciso haver uma preparação, uma recolha antes de nos atirarmos de cabeça a algum objecto de cultura. É óbvio que nestas torções de nariz (e é grande) consigo avaliar coisas realmente más, de qualidade medíocre, mas aí sou o primeiro a dizer: “Que merda é esta?”. É claro que não me quero armar em superior nem manipular ninguém (se bem que às vezes....). Concluindo, o meu concelho é Cascais, mas o meu conselho é o seguinte: Comam o que quiserem. Certifiquem-se que não é merda. Vocês vão saber.


PS. Morte aos D’ZRT e afins. Um bem haja.

sábado, junho 24, 2006

ficção, fonte de inspiração

A ficção toma conta de nós e nós seguimos as suas regras sem nos questionarmos. É triste ver que a maioria das pessoas se rege por ideias que os filmes transmitem. Filmes fáceis como comédias românticas servem de exemplo a seguir. O casal que se conhece por puro acaso numa lavandaria, num avião ou qualquer outra ocasião completamente estúpida, acaba sempre por passar grandes momentos junto ao mar, a ver o pôr do sol, ou no parque a rebolar ao som daquelas músicas nojentas que se ouvem vezes e vezes sem conta nas rádios da populaça e da juventude rebelde. Surgem sorrisos, frases e pensamentos muito profundos que surpreendem a rapariga, os beijos são sempre mágicos, e claro, todas as quecas são divinais! As velas estão lá, a cama é gigantesca, o casal é sempre bonito e bem constituído, os orgasmos são de outro mundo, acordam sempre com um sorriso na cara, e lá vão (ela com a camisa dele vestida) tomar um pequeno almoço completo e nutritivo, com muita fruta, cereais, café, leite, torradas e waffles É tão perfeito que até me dá vontade de vomitar. Isto é perfeito demais! As coisas não funcionam assim, e ainda bem. É que todas estas coisas que se fazem nos filmes vão sendo assimiladas pelas raparigas (mais sensíveis e essas coisas todas), e quando um rapaz tenta surpreende-la com algo que lhe deu trabalho, a coisa não resulta. Porquê? Porque ela estava à espera de mais alguma coisa. Como no filme! E se não é como no filme, não é bom e não chega. Deixem-se de merdas, amem como deve ser ou seja, à vossa maneira, e não se deixem levar por filmes mesquinhos e inúteis.

quinta-feira, junho 08, 2006

o flashback mentiroso

A nossa vida é feita de lembranças, sejam elas boas, más, mal cheirosas, gordas ou ásperas. Passamos num sitio e o nosso cérebro transporta-nos logo para uma determinada situação, passada ou não naquele local. É como se voltássemos a reviver o momento, de uma maneira um pouco dispersa a nível de sentidos, mas concreta a nível de sentimentos. Apesar desta falha de sentidos, nomeadamente o olfacto, o tacto, o paladar e a audição, a visão é o único sentido que conseguimos reviver da melhor maneira. Conseguimos imaginar a ponte tal como ela era, ver a cara das pessoas, olhar para o céu que estava azul, resumindo, tudo o que estava ao alcance do nosso campo visual. A questão que fica é a seguinte: Porque é que nos filmes e nas novelas, quando alguém tem um flashback, imagina sempre uma cena já gravada, com a personagem já incluída! Passo a explicar, vemos uma cena em que uma rapariga tropeça numa casa de tremoço, e que vai direitinha ao chão, mas no último segundo um jovem loiro e de olhos azuis consegue agarrar a rapariga, e não a deixa estatelar-se no chão. É aqui que a química desabrocha, os olhares ficam colados um ao outro e com sorte ainda há um beijinho (sem língua). A cena dá lugar a outra, mais tarde a tal rapariga está a limpar o chão do quarto, vê uma casca de tremoço, de repente olha para o infinito: a imagem fica toda branca e qual é o flashback que ela tem? É o nosso flashback! O do nosso campo visual e não do dela! A mesma cena, igualzinha à original! Mas será que ninguém se lembra de filmar o que ela viu realmente? Os olhos dela deviam ser a câmara de filmar, logo devíamos ver um passeio, um tropeçar, um chão e uma casca de tremoço a ficarem mais próximos, um jovem a agarrar e a levantar, e por fim os olhos do rapaz! Por acaso gostava de visualizar as minhas lembranças assim, cheias de ângulos e a ver-me como estava. A culpa é dos tremoços.

sexta-feira, junho 02, 2006

a bela bandeira

Estamos em altura de campeonato do mundo de futebol e como não poderia deixar de ser, a bandeira nacional invadiu janelas, varandas e terraços. Sinceramente não acho muita piada a essa febre, mas também não quero falar disso agora. É um caminho muito fácil e ia acabar por ficar deprimido. Do que quero mesmo falar é da bandeira. Da nossa bandeira! A bandeira que serve para pendurar no estendal, a mesma que fica cinzenta de andar presa no tubo de escape dum automóvel, aquela que fica rasgada e amarelada depois de tanto tempo ao ar livre, a tal bandeira que é puxada e atirada ao chão depois de uma inauguração de uma estátua ou instituição. Normalmente as bandeiras são bastante simples, duas ou três cores e acabou. Não digo que sejam bonitas, mas comparadas à portuguesa conseguem dar-me um sorriso na cara. Adiante, a nossa bandeira é feia. Ninguém pode dizer o contrário. É um facto. O vermelho e o verde não combinam. Dizem que o vermelho representa o sangue derramado em batalhas, mas será necessário aquele vermelho? Verde é a cor da esperança, e essa é a última a morrer...mas também morre. O brasão de armas de Portugal também não tem futuro nenhum...a esfera armilar é muito complexa, o escudo português contém cinco escudetes azuis com bolinhas brancas e à volta deste estão os sete castelos amarelinhos em fundo vermelho, que em nenhuma bandeira são iguais! Já vi castelos que se parecem com templos chineses. Uma bandeira verdadeiramente portuga que faz lembrar um belo cozido à portuguesa, cheio de coisas que não combinam umas com as outras...bem, a diferença é que o cozido resulta no fim.

quarta-feira, maio 31, 2006

riscos altos

Normalmente, quando olhamos para o céu vemos sempre um azul que vai até à linha do horizonte, umas quantas nuvens, umas gaivotas, um avião, e sempre, mas sempre...dois risquinhos de fumo branco e paralelos, que se vão perdendo à medida em que avançam. Donde vêm estes riscos? Podem-me dizer que são jactos que andam por aí a passear e em manobras, mas sinceramente isto é obra extra terrestre. Afinal de contas Portugal não pode ter assim tantos aviões, ou pode? Se são mesmo aviões gostava mesmo de saber a vida dos pilotos. Acordam, tomam o pequeno almoço, vão para a base (que nem deve existir), e depois fazem pés...ao céu? Existe mesmo alguém que faz isto? E o que fazem lá em cima? Portugal precisa de se preocupar com algum ataque terrorista vindo do céu!? Eu gosto dos riscos, mas dos aviões nem tanto. Qualquer dia andam a comprar submarinos assim do nada....ah...pois, esses também já os temos. Amo-te Portugal.

domingo, maio 21, 2006

quinta-feira, maio 18, 2006

uma pia para dois

Imaginem uma pessoa num centro comercial, na maior calma, a ver montras, a passar algum tempo com a família...entretanto dá-lhe uma enorme dor de barriga. Dirige-se à casa de banho certo? Se a pessoa é um homem dirige-se à casa de banho dos homens, e se for mulher opta pela casa de banho feminina como é óbvio. A questão que agora se levanta é esta: se for um deficiente, vai à casa de banho dos deficientes, mas não tem oportunidade de escolha! Só existe uma casa de banho para deficientes! É um WC unisexo! Incrível. Serão os deficientes como os anjos? Não têm sexo e órgãos reprodutores? É certo e sabido que quando um homem dejecta é um pitéu do piorio, mas uma coisa é um homem cheirar e outra coisa é uma mulher cheirar! As mulheres deficientes não têm escolha e só lhes resta levar com aquele refugado em cima. E os homens deficientes vão continuar a levar com pensos higiénicos usados nos caixotes do lixo da casa de banho? Sinceramente acho que não faz sentido limitarem-se a construírem uma só casa de banho para deficientes. Por essa lógica quando um deficiente fosse preencher um documento ou algum impresso teria de colocar no sexo, não um M, não um F, mas sim um D. E os kiwis? Onde ficam no meio disto tudo?

quinta-feira, maio 11, 2006

you're my hero

Hoje dei uso a uma coisa que não utilizava há muito mas muito tempo...não comecem já a entrar por caminhos perversos e diabólicos, que não é por aí. O que utilizei foi nada mais nada menos que o meu amigo bidé (palmas). O meu amigo bidé (palmas) tem um nome bem engraçado. Bi-Dé, ou seja duas vezes Dé. São dois Dés. Bem, continuando, sempre olhei para o bidé de lado e nunca lhe dei grande confiança. Afinal de contas é um objecto bastante estranho, para fins ainda mais estranhos. Mas hoje teve de ser. Há dias em que o que sai dentro de nós é bastante pastoso e torna-se difícil fazer uma limpeza a 100% à área envolvente. O rolo de papel higiénico que estava a meio, caminhava a puxadas longas para o fim, e os resultados não eram visíveis (digamos que o teste do algodão não estava a dar certo). Não sou pessoa para desistir de uma coisa, mas hoje a merda ganhou-me e tive de pedir assistência ao meu amigo bidé (palmas). Sem ele estava feito em merda (literalmente). Um bem haja a todos os bidés por esse mundo fora.

domingo, abril 30, 2006

a luz está cara

É certo e sabido que a electricidade está cada vez mais cara. Já começamos a fazer algum esforço para poupá-la e para não estarmos constantemente com a televisão ou o computador ligados. Nas escolas sempre se incentivou à poupança da luz (e não só), tendo como objectivo fixar estas ideias nos mais novos, que são a esperança disto tudo....ou não. O mal disto é que existem produtos anti pedagógicos, que passam a toda a hora na televisão, nomeadamente as telenovelas. Já repararam que em todas (e quando digo todas são mesmo todas) cada vez que alguma personagem chega a casa, as luzes estão sempre acesas? E quando abrem a porta, acendem mais umas quantas não vá aquela luz de presença ser fraquinha e o rapazinho ir contra um bidé (pode acontecer). Depois de estarem a beber um belo chiripiti no enorme sofá de pele, na enorme sala, decidem ir para a enorme cama, e o que é que fazem? Dizem boa noite e até amanhã e a luz fica ligada. Deve ser o trauma do Papão ou qualquer coisa desse género.
Outra maravilha das telenovelas são os pequenos almoços em família. Os pais estão sempre na mesa juntamente com o puto mais novo (que apesar de ser o mais traquinas é ainda o mais pontual). O irmão mais velho chega, cumprimenta os pais com um beijo e começa a comer. Mais tarde chega a irmã do meio, uma pita histérica que nunca tem tempo para comer porque tem de apanhar boleia do namorado mafioso que tem uma mota e não usa capacete. A pita limita-se a cumprimentar os pais por alto, pega numa torrada e siga! Lá vai ela ter com o Tó. É claro que os irmãos lembram-se que estão atrasados para a escola e fogem a sete pés. O pai também vê que já passa das 9h00 e toca de se levantar, dar um beijinho cheio de torrada à esposa e segue caminho. Fica a pobre mulher sentada, com uma mesa cheia de comida que dava para alimentar metade do continente africano, e que praticamente ninguém lhe tocou. Resta-lhe ligar a televisão e ver o programa do Goucha.

sexta-feira, abril 21, 2006

o fio da banana

Uma banana é daqueles frutos que toda a gente gosta. Tem um ar tropical, é diferente dos outros na forma, não dá trabalho a descascar e é a causa principal de grandes quedas cinematográficas. O único se não são mesmo aqueles fiozinhos irritantes que temos que puxar antes de trincar a banana. Pegam-se à mão, e passamos ainda ali uns minutos à procura dos mais escondidos. Fica aqui uma ideia para todos os que estejam ligados ao comércio da banana. Bananas sem fio! Existem azeitonas sem caroço, ananás às rodelas, pêssegos descascadinhos! Nada é impossível, e não custa nada investirem na banana. Afinal de contas ela merece. Banana frita também se mastiga.

segunda-feira, março 27, 2006

assalto à mão pedrada

Há muito tempo que não sou vitima de um assalto. Das duas uma: Ou tenho cara de sem abrigo e nem se dão ao trabalho de me pedir dinheiro, ou então saí do público alvo dos assaltantes (aquela idade dos 12 aos 16). Começo a ficar com saudades de um bom assalto! O último, foi há uns 8 anos e devo dizer que foi um belo assalto, digno de um filme…pronto, talvez esteja a exagerar. Era sábado e vinha eu com o meu primo do cinema e acabada a sessão lá fomos apanhar o autocarro. Tivemos de passar um túnel e do outro lado vi uns rapazolas a dirigirem-se para o túnel. Na altura nem associei as cenas, e quando lá chegámos abaixo estavam 7 ou 8 putos (com os seus 50, 60 centímetros), cada um com a sua pedra na mão. Fiquei abismado com aquilo tudo! Não era de susto, era mesmo de espanto e felicidade! É que normalmente os assaltos são com facas e não com calhaus. Vieram com a bela da conversa: “Sócio, deixa lá ver o relógio e a carteira”. Adoro esta parte do sócio, pois só demonstra a atenção e simpatia dos assaltantes connosco. Deixam-nos à vontade e como se fossemos da família. Eu disse-lhes que não tinha nada mas a cebola que tinha ao pulso era vistosa demais. Puxaram-me do relógio, mas eu agarrei-o com tanta força, que um deles teve de me dar uma cabeçada nos lábios para o largar. Apesar disto não o larguei e lá consegui mete-lo no bolso. Aos poucos íamos saindo do túnel e quando olhei para a paragem do autocarro estavam umas 6 pessoas a olharem para nós! Isto foi muito para o meu coração, porque além das pedras, havia público a ver-nos! Pronto, não bateram palmas ao espectáculo, mas acho que isso era pedir muito. Na altura em que estava a olhar para as pessoas veio um dos chavalecos, meteu-me a mão no bolso e lá tirou uma nota de 1000 escudos. Resultado, o meu primo ficou sem tabaco e isqueiro, eu fiquei sem mil paus e com um lábio inchado, e as pessoas assistiram a um belo momento. Isto sim é qualidade e organização nas coisas. Um bem haja a essas pessoas e ao gang do calhau por uma tarde tão emocionante.

nada

Aqui estou eu sem fazer nada. O fazer nada não existe porque se o fazemos ele deixa de existir. Se fizermos o nada estamos a fazê-lo logo estamos a fazer alguma coisa, logo não é nada! Ou será nada? O nada existe afinal de contas ou não existe? O nada nada na sua essência mais pura e crua! Na minha opinião nunca fazemos o nada enquanto existimos, porque estamos vivos e a respirar e mesmo que estejamos parados estamos a fazer alguma coisa.
O nada tanto resulta numa resposta afirmativa ou negativa, e tem o mesmo significado, vejamos: “O que estás a fazer” Resposta afirmativa: “Nada” (logo está a fazer). Resposta negativa: “Não estou a fazer nada” (logo não está a fazer). Na primeira está a fazer o nada, na segunda já não está, mas o resultado é a mesma merda! Não está a fazer porra nenhuma...mas continua sentado e a respirar. Devia haver uma palavra que representasse o nada enquanto estamos vivos. O nada é para mortos! Eles é que não fazem nada...bem, eles e os políticos (mas este é um nada mais grave).
Conclusão: Quem nada não se afoga.